A.W.Tozer: Uma Voz Destoante na Igreja

Aiden Wilson Tozer nasceu em Newburg (naquele tempo conhecida como La Jose), Pensilvânia, Estados Unidos, em 21 de abril de 1897. Em 1912, sua família deixou a fazenda e foi para Akron, Ohio; e, em 1915, ainda adolescente ele se converteu a Cristo. No mesmo instante passou a levar uma vida fervorosa de devoção e testemunho pessoal. Em 1919, quase cinco anos após a sua conversão, e sem formação teológica, Tozer aceitou uma oferta para pastorear a Alliance Church, em Nutter Fort, West Virginia. Isso iniciou um ministério de 44 anos, associada com a Aliança Cristã e Missionária (C & MA), uma denominação evangélica protestante; 33 desses anos foram servidos como pastor de uma série de igrejas. Tozer também atuou como pastor durante 30 anos na Southside Alliance Church, em Chicago (1928 a 1959), e os últimos anos de sua vida foram gastos como pastor da Avenue Road Church, em Toronto, Canadá.

Em 1950, [apenas com o segundo grau], Tozer recebeu o título superior de doutorado da faculdade Wheaton College. Em 1952, ele recebeu o segundo título de doutorado, LL.D da universidade Houghton College. Viveu um estilo de vida simples e não-materialista, ele e sua esposa, Ada Cecelia Pfautz e seus sete filhos, seis meninos e uma menina. Mesmo depois de se tornar um autor cristão bem conhecido com uma obra de 40 livros editados, só para citar os livros, Tozer viveu muito longe da prosperidade que dispunha, nunca possuiu um carro e viajava sempre de ônibus ou trem.

A oração pessoal foi de vital importância para Tozer, sua pregação, bem como seus escritos, foram mais uma extensão de sua oração. Tozer alcançou um número maior de pessoas por intermédio de suas obras do que por suas pregações. Grande parte do que escreveu era refletido na pregação de pastores que alimentavam a alma com as palavras de Tozer. Em maio de 1950, foi nomeado editor de The Alliance Weekly, agora conhecida como The Alliance Witness, que provavelmente foi a única revista religiosa a ser adquirida graças, sobretudo, aos seus editoriais. Certa vez, o Dr. Tozer, em uma conferência na Evangelical Press Association (Associação da Imprensa Evangélica), censurou alguns editores que praticavam o que ele chamava de “jornalismo de supermercado” – duas colunas de propagandas e uma nota de material para leitura. Era um escritor exigente e tão duro consigo mesmo quanto com os outros.

“Penso que minha filosofia seja esta: tudo está errado até que Deus endireite.”

Esta afirmação do Dr. A. W. Tozer resume perfeitamente a sua crença e o que ele tentou realizar durante seus anos de ministério. Sua pregação e seus livros concentraram-se inteiramente em Deus. Ele não tinha tempo para mercenários religiosos que inventavam novas formas para promover suas mercadorias e subir nas estatísticas. Tozer marchou ao ritmo de uma batida diferente e, por esta razão, normalmente não acompanhava os passos de muitas das pessoas que participavam de desfiles religiosos. No entanto, foi esta excentricidade cristã que nos fez amá-lo e apreciá-lo. Ele não tinha receio em apontar o que era errado. Nem hesitou em dizer como Deus poderia endireitar todas as coisas.

O que há nas obras de A. W. Tozer que nos prende a atenção e nos cativa? Primeiro, ele Tozer escrevia com convicção. Não estava interessado nos cristãos superficiais de Atenas que estavam à procura de algo novo. Tozer mergulhou novamente nas antigas fontes e nos chamou de volta às veredas do passado, tendo plena convicção e colocando em prática as verdades que ensinava. Tozer era um místico cristão em uma época pragmática e materialista. Ele ainda nos convida a ver aquele verdadeiro mundo das coisas espirituais que transcendem o mundo material que tanto nos atraem. Suplica para que agrademos a Deus e nos esqueçamos da multidão. Ele nos implora que adoremos a Deus de modo que nos tornemos mais parecidos com Ele. Como esta mensagem é desesperadamente necessária em nossos dias! A. W. Tozer recebeu a dádiva de compreender uma verdade espiritual e erguê-la na luz para que, como um diamante, cada faceta fosse observada e admirada. Se é que um sermão pode ser comparado à luz, então, A. W. Tozer emitia raios laser do púlpito, um feixe de luz que penetrava o nosso coração, exauria nossa consciência, expunha nossos pecados e nos fazia clamar: “O que devo fazer para ser salvo?” A resposta era sempre a mesma: entregar-se a Cristo; procurar conhecê-lo de forma pessoal; crescer para tornar-se como Ele. Apesar disso ele não se perdeu nos pântanos da homilética; o vento do Espírito soprava e ossos mortos reviviam. Suas obras eram como graciosos camafeus cujo valor não se avalia por seu tamanho. Sua pregação se caracterizava pela intensidade espiritual que penetrava no coração do ouvinte e o ajudava a ver Deus. Feliz é o cristão que possui um livro de Tozer à mão quando sua alma está sedenta e ele sente que Deus está longe. Tozer, em suas obras, nos entusiasma tanto sobre a verdade que nos esquecemos de Tozer e tratamos de pegar a Bíblia. Ele mesmo sempre dizia que o melhor livro é aquele que faz o leitor parar e pensar por si mesmo. Tozer é como um prisma que concentra a luz e depois revela sua beleza. Tozer faleceu em 1963 aos 66 anos.

Fonte: Adaptado da Introdução do livro O Melhor de Tozer, vol. 2. © CCC Edições, 2001 e wikipedia.com


Via: Discernimento cristão

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